sábado, 7 de março de 2015

TRÊS MULHERES SÃO AS RESPONSÁVEIS PELA PROGRAMAÇÃO PORNÔ DE CANAL ADULTO BRASILEIRO

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Ao que parece, é o emprego dos sonhos de muito marmanjo. Cinco dias por semana, em horário comercial, no prédio da Globosat, na Barra, quatro pessoas avaliam se os filmes que chegam estão dentro dos padrões do canal pornô Sexy Hot. Surpreendentemente, no entanto, três dos quatro programadores de conteúdo da emissora são mulheres.
Ao lado de Wilton Souza, Camila Nin, Marcela Leone e a estagiária Tayla da Silva têm, entre outras atividades, a missão de ver de dez a 15 filmes por semana para determinar o que vai ao ar no Sexy Hot. Esqueça clichês como salas escuras, ambientes intimistas ou espectadores solitários em cômodos fechados: os vídeos são analisados numa TV que pode ser vista pelos demais funcionários, num ambiente muito similar ao de qualquer escritório. Sem inibição — é o que garantem —, os quatro avaliam os vídeos enviados pelas produtoras.
— Avaliamos, além de padrões técnicos, se o conteúdo não vai ferir ninguém. No Sexy Hot evitamos temas religiosos, mulheres grávidas e escatologia — conta, sem constrangimento, Marcela, no canal há sete anos e meio. — A preocupação é selecionar um conteúdo diversificado para nosso espectador, seja ele um homem sozinho, uma mulher ou casais, nosso maior público.
Os quatro garantem que o trabalho não interfere nos relacionamentos. Marcela, atualmente solteira, diz que os namorados sempre consideraram seu trabalho “curioso e engraçado”. Camila, casada, afirma que o marido está acostumado com seu emprego inusitado. Mas os amigos, eles dizem em coro, sempre fazem gracinhas ou se mostram curiosos:
— As pessoas sempre fazem milhares de perguntas, e quando a gente conta da escolha sempre surge a piadinha: ‘Você fica parado assistindo a filme de sacanagem e ainda ganha para isso?’ — diz Tayla.
Uma pesquisa da Playboy do Brasil — detentora dos canais de conteúdo adulto da Globosat — mostrou que 78% dos assinantes são casados e 83% têm filhos morando em casa. Revelou ainda que as mulheres são 54% do público, e que 68% dos telespectadores preferem ver os filmes acompanhados.
Embora para quem está de fora a composição da equipe de programadores seja curiosa, o único homem do grupo diz que suas três colegas costumam ter opiniões semelhantes às dele a respeito dos filmes. Com uma diferença:
— Elas vêm me cobrar essa coisa de ver se mulher está com a unha feita ou com a raiz do cabelo sem pintar. Desculpe, mas a última coisa que eu vou reparar num pornô é isso! — brinca Wilton.

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