quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Playboy americana desiste de publicar mulheres nuas

A edição americana da Playboy não irá mais publicar fotos de mulheres nuas. É o que conta uma matéria publicada na última segunda-feira, 12, no jornal The New York Times. A clássica revista, fundada por Hugh Hefner e célebre por publicar mulheres nuas e por quebrar tabus culturais pelos locais por onde passou, será submetida a uma grande reforma editorial nos próximos meses. As mudanças serão apresentadas ao público dos Estados Unidos em março do ano que vem.
A justificativa é simples: há tempos, a internet fornece nudez e sexo à vontade, e, com isso, a revista perdeu força justamente em seu principal chamariz. A publicação admite que a rede mundial de computadores deixou a Playboy para trás. É o que diz Scott Flanders, executivo-chefe da revista:
Essa batalha já foi perdida. Hoje, você está a um clique de encontrar qualquer ato sexual imaginável.
A Playboy continuará publicando imagens sensuais, porém sem nudez. E o foco agora passa a ser o conteúdo – ao longo da história, a revista se notabilizou por publicar matérias jornalísticas, artigos e entrevistas em profundidade com personalidades como Malcom X, Vladimir Nabokov, Martin Luther King Jr. e Jimmy Carter.
(Sim, aquela desculpa de que você está lendo a Playboy por causa das matérias começará a fazer sentido.)
Lançada em 1953, a primeiríssima edição da Playboy tinha Marilyn Monroe na capa. Na ocasião, de acordo com o New York Times, Hefner optou por não colocar a data na revista, por não ter certeza se haveria um segundo número. A circulação caiu de 5,6 milhões de exemplares em 1975 para 800 mil atualmente. A edição mais bem-sucedida da história foi a de novembro de 1972: foram mais de sete milhões de cópias vendidas.

A mudança no formato atual foi proposta pelo editor Cory Jones e contou com o aval de Hugh Hefner. “Não me entenda errado”, disse ele ao jornal. “O meu eu de 12 anos está muito desapontado com o meu eu atual. Mas é a coisa certa a se fazer”, afirmou.
Vale ressaltar que a decisão diz respeito à edição americana da revista. A Playboy brasileira, editada pela Abril, não se manifestou publicamente sobre o assunto.

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