sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Dona leva cachorro com câncer terminal para fazer 10 coisas especiais nos últimos dias de vida

Dona leva cachorro com câncer terminal para fazer 10 coisas especiais nos últimos dias de vida Divulgação/Facebook
katia Chubaci resolveu dar últimos dias mais felizes para a cadela Criciri
Foto: Divulgação / Facebook
— Somos seres vivos e temos que valorizar isso. É preciso fazer o bem sempre, e quem faz bem a um animal, com certeza, não fará mal a um ser humano, é sempre uma oportunidade de aprender e fazer a vida valer mais a pena — conta Katia Chubaci, 43 anos.
Não que ela precisasse justificar com muitos argumentos o que tem feito pela cachorra Cricri, uma Shar-pei de 7 anos, que sofre com um câncer terminal. Mas há uma semana a situação do animal piorou e ela não deve chegar viva até o natal deste ano. Até lá Cricri terá alguns prazeres especias em seus últimos dias.
Katia é veterinária e encontrou a cadela com diversos tumores na pele emCriciúma, há dois anos. Levou a cadela para Florianópolis, onde vive. Foi diagnosticada com câncer e passou a ser tratada na clínica da veterinária no bairro Rio Tavares, especializada em cirurgias e vacinação. Nesses dois anos foram 17 cirurgias, que permitiram mais qualidade de vida ao animal que convive com 20% da capacidade pulmonar, o fígado tomado por um câncer, 12 tumores no abdômen e outros seis sobre axila.
— A eutanásia dela estava marcada para esta semana, mas é claro o sentimento da Cricri em querer permanecer viva por mais tempo. Percebe-se isso na felicidade que apresenta quando faz algo diferente — conta Katia, que fez uma lista de coisas especias para a cachorra fazer antes de morrer.
Cricri foi para a praia, comeu saunduíche de carne com maionese, esteve em um centro espírita. Ainda irá brincar em um piquenique, andará de stand up paddle e correrá pelas dunas da Joaquina, além de andar de carro no banco da frente com a janela aberta. Certamente irá arrancar sorrisos de quem viver esses momentos com ela e retribuíra com aquele olhar canino de obrigada. Para quem acha que é errado ou exagero, o sentimento de fazer algo de bom é motivador.
— Há tanta coisa errada e é tão triste ver a indiferença diante do sofrimento de outro ser. Sinto no coração que devo fazer o bem aos animais e essa é a minha contribuição. Deve ser muito triste e ruim alguém que não faz o bem a um amigo, que não estende a mão e não ajuda — conta a amiga de Cricri.
Na sua clínica veterinária Katia oferece serviços de castração com custo reduzido como incentivo para reduzir a natalidade de animais e é defensora da adoção.
— Eu espero que as pessoas não tenham animais de estimação de forma egoísta, sejam eles de raça, vira-latas, como forem. Que passem horas sem lhes dar atenção e dando-lhes apenas comida. Quem está perto de nós, precisa ser tratado como companheiro — acredita.
O carinho com os animais se reflete na educação dos filhos. Segundo ela, o filho de oito anos sugeriu a um colega, durante uma aula, que não comprasse um cachorro com um argumento irrefutável.
— Me contaram que ele disse assim ao colega: "não compra um cachorro porque amigo não se compra, se escolhe" — conta a mãe orgulhosa.
As 10 coisa que Cricri irá fazer
1 - Ir para a praia (feito)
2 - Comer um sanduba com hambúrguer de carne (feito)
3 - Andar de barco
4 - Ir a uma sessão espírita (feito)
5 - Andar de carro no banco da frente com a janela aberta
6 - Corre, ou tentar correr atrás de um gato sem levar bronca
7 - Andar de skate
8 - Entrar na piscina
9 - Andar Stand Up Paddle
10 - Descer as dunas da Joaquina, se der com uma prancha de sandboard
DIÁRIO CATARINENSE

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