domingo, 20 de dezembro de 2015

Essa mulher ganha milhões vendendo algo no mínimo polêmico


Essas mulheres, que dirigem Ferraris, vestem roupas de grifes de luxo e penduram colares de diamante em seus pescoços são chamadas de Rainhas da Erva de Hollywood.
Cheryl Shuman, de 54 anos, entrou no mundo da maconha em uma tentativa desesperada para tratar de seu ovário, e de um câncer de cólon e de bexiga. Sete anos depois, agora em remissão, ela e sua filha Aimee se tornaram “as meninas do pôster” para espalhar a aceitação da droga nos Estados Unidos para fins medicinais. 
Além dos cigarros, a dupla de mãe e filha desenvolveu uma linha de deliciosos brownies, xampus que ajudam no crescimento do cabelo e roupas. E o negócio delas, o Beverly Hills Cannabis Club, é o favorito entre seus clientes extremamente ricos e conhecidos. “Enquanto eu crescia, eu sabia que eu iniciaria um negócio de família em algum ponto da minha vida”, disse Cheryl disse ao jornal New York Times. “Eu só não sabia que esse negócio seria vender erva”.
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Cheryl e Aimee, mãe e filha, possuem uma plantação gigantesca e lideram as vendas da planta aos ricaços de Hollywood.
A vida por trás da empresa é uma fazenda de 68 hectares no norte da Califórnia, onde o uso medicinal é legal – e o uso recreativo está apenas esperando para ser descriminalizado em 2016.
Os métodos de Shuman têm gerado controvérsia no mundo ativista; muitos a acusam de se aproveitar da causa para lucrar enormemente e promover a si mesma. É uma alegação que ela se recusa a entender. “Eu posso ficar nas ruas balançando um bandeirão de partido política – e respeito as pessoas que fazem isso – ou eu posso aparecer na televisão nacional, contar minha história e tocar milhões de pessoas”, ela disse ao New York Times.

Até mesmo os detratores da empresárias reconhecem que ela tem ajudado a realizar progressos na conquista de adeptas do sexo feminino à causa cultural dos que promovem a aceitação da planta que, segundo diversos estudos, é menos prejudicial à saúde e oferece menos riscos à vida do que o álcool. O voto feminino no referendo nacional que ocorrerá em pelo menos 14 estados do país, nos próximos 5 anos, será extremamente importante para que o uso da droga seja eventualmente legalizado. 

Vinte estados dos EUA, incluindo o Colorado, Washington e Alasca já passaram leis que protegem usuários. Em novembro, o Distrito de Columbia esmagadoramente votou a favor de descriminalizar o porte e cultivo limitado de planta. Agora, o próximo referendo ocorrerá no estado de Nevada (onde a cidade de Las Vegas está localizada), e Shuman planeja liderar o movimento.
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A atriz, comediante e ativista0 premiada Whoopi Goldberg é cliente pessoal de Shuman.
Cheryl sempre foi uma empreendedora. A história que ela conta é um clássico da miséria à riqueza: Shuman cresceu na área rural do estado de Ohio, onde foi abandonada por seu pai e se tornou uma mãe divorciada de 23 anos de idade. Ela se mudou para a Califórnia em busca de oportunidades, onde ela viveu dentro de um carro com sua filha Aimee.
Ainda adolescente no Ohio, ela criou sua própria empresa de cupons que conseguiu sua própria propaganda regular na televisão. Em Los Angeles, seu primeiro emprego foi o de secretária num consultório de oftalmologistas em Hollywood, e ela fez contatos e amizades com celebridades o suficiente para iniciar sua própria empresa de fornecimento de óculos para sets de filmagem. 
Alguns anos após isso, Shuman processou seu ex-cliente Steven Seagal por assédio sexual, que deu em nada. Ela se casou e se divorciou de novo, teve outro filho, e depois foi diagnosticada com câncer. Sua história tem sido acusada por ativistas pró-legalização como um exagero para ganhar apoio de investidores e publicitários, dando mais ênfase ao ganho pessoal do que à causa.
“Isso é típico de Shuman”, disse Steve Bloom, editor da revista Celeb Stoner. Desde que se juntou à causa, Shuman é rejeitada pela NORML (organização nacional pela reforma das leis da erva danada) – o grupo que lidera a campanha por uma nova legislação a favor da legalização da droga nos EUA. No entanto o diretor executivo da organização reconhece que Cheryl ajuda no debate sobre a bendita no país. “Shuman está sempre se vendendo. Isso me incomoda. Mas ela está incentivando o debate. Isso é importante”, disse.

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