Cinco redatoras e editoras do jornal britânico, The Guardian, relataram os e-mails que recebem como resposta a suas matérias
Recentemente, falamos por aqui sobre o vídeo produzido pela inglesa Em Ford, em um desabafo que mostra como a internet está se transformando em um ambiente fértil para comentários cruéis, preconceito e assédio. Mas não é só quem expõe sua imagem, como a YouTuber, que está sujeito a enfrentar essas maldades. O vídeo publicado pelo jornal britânico, The Guardian, mostra como esse problema está presente também nos textos produzidos pelas jornalistas do veículo, que precisam encarar ofensas como parte da rotina de trabalho. Cinco redatoras e editoras foram convidadas a descreverem os e-mails que recebem como resposta a suas matérias e olha só que horrível o conteúdo que elas relataram:
Como o vídeo mostra, boa parte dos comentários incluem xingamentos terríveis, mensagens extremamente machistas e recados muito cruéis, desejando até a morte das jornalistas. As ofensas aparecem em todos os tipos de matéria, desde as mais simples, como o estilo do corte de cabelo masculino, até em textos com questões polêmicas, como o aborto.
Um leitor enviou para Mary Hamilton: “Você é uma jornalista de m****, e deveria parar de twitar m****.”
Alguns comentários tratam as profissionais como objetos de satisfação sexual e um deles até fala sobre abuso, “Um pouco de estupro nunca feriu ninguém”, leu a editora de audiência do jornal. Já imaginou receber isso como resposta ao seu trabalho? O vídeo foi publicado nesta segunda-feira (6) e já passa de 1,5 mil compartilhamentos no site do The Guardian.
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